História da Cavalaria
Para os gregos e romanos, ser cavaleiro implicava prestígio social e económico.
Na Grécia Antiga, hippeis, literalmente "cavalaria", constituía a segunda mais alta dentre as quatro classes sociais de Atenas e era constituída pelos homens que podiam comprar e manter um cavalo de guerra, a serviço da pólis. A hippeis é comparável aos equestres romanos e aos cavaleiros medievais.
A cavalaria romana era um corpo do exército romano, composta pelos equites, recrutados desde os tempos de Rômulo entre os cidadãos romanos. Posteriormente foram incluídos os socii latinos e, finalmente, também os provinciais (auxiliares).
Entre as tribos nômades da Ásia Central, o cavalo não foi apenas o meio de transporte que permitiu o deslocamento desses povos desde as planícies da Mongólia até às fronteiras da Europa central - como no caso dos Hunos e dos exércitos de Gengis Khan. O animal também figurava em rituais mágicos religiosos e, no limite, podia servir como alimento. Por ocasião da morte do cavaleiro, seu cavalo chegava mesmo a ser enterrado com ele, o que era usual entre algumas tribos hititas.
Na Idade Média, a cavalaria era uma instituição, dotada de um código de conduta e de honra próprio que regulava não somente a arte da guerra, mas também a conduta social. Na guerra, o uso do cavalo para tracção dos carros de ataque foi abandonado, e o animal passou a ser usado apenas como montaria. Dada a necessidade de protecção do cavaleiro, foi inventada a armadura, que evoluiu nos seus vários estilos, dando origem à cavalaria pesada, uma das mais poderosas armas das guerras medievais.
Etimologia
As palavras cavalarias e cavaleiro derivam do baixo latim 'caballus, que originalmente significava "cavalo castrado" ou "cavalo de trabalho", em oposição ao termo latino clássico Equus - aplicável aos cavalos de boa raça, utilizados na guerra pelos Equites, a ordem equestre romana, correspondente aos Hippeis da Grécia Antiga.
Cavaleiros nas etapas da história
Cavaleiro Savarano: Foram a força militar principal do exército do Império Sassânida.
Cavaleiro do Império Romano: Denominados por Equites, davam forma à Ordem Equestre Romana (ordo equester) que se formava na mais baixa das duas classes aristocráticas da Roma antiga, estando abaixo da Ordem Senatorial (ordo senatorius).
Cavaleiro Coberto ou Caballero: Tem origem na nobreza de Espanha.
Cavaleiro de qualquer Ordem: Com origem nas Ordens Religiosas, Ordens Militares como os Templários, entre outros.
Pessoa que se comporta de forma nobre: é um "cavalheiro"
Cavaleiro andante, expressão vulgar dos livros de cavalaria, ser repleto de nostalgias e sonhos que buscava continuamente e de quem Don Quijote de la Mancha, é um exemplo típico.
Cavaleiro de Praça: Toureiro.
Cavaleiro é também uma das peças de xadrez que hoje é geralmente representado por um cavalo, Muitas vezes, em pé sobre as patas traseiras. Isso ocorre porque, na tradição do jogo (que teve muitas variações e modificações até a xadrez moderno. As peças representavam guerreiros e, em vez do cavalo actual, muitas vezes representava a figura de um guerreiro sentado num cavalo de sela.
O Cavaleiros e o Feudalismo
Representação de um dos maiores eventos da história Europa: A Batalha dos Grunwald / Tannenberg (Polónia).
Os cavaleiros feudais eram guerreiros que se deslocam a cavalo em proveito próprio ou ao serviço do rei ou outro senhor feudal, faziam-no com o objetivo de defesa dos territórios e em paga de terras (Tenência) recebidas do rei ou de outros senhor feudal. Também podiam receber um soldo, caso não fossem pagos em terras como eram os casos das tropas mercenárias.
O cavaleiro feudal tinha quase sempre origem na nobreza, que tendo servido ao rei ou a outro grande senhor feudal como pajem ou escudeiro eram depois durante uma importante cerimónia de investidura elevados à categoria de cavaleiro.
Durante essa cerimônia o candidato a cavaleiro prestava juramento comprometendo-se a ser sempre corajoso, leal, cortês, e proteger os indefesos.
Nos finais do Século XV o título de Cavaleiro foi concedido aos civis como homenagem ou recompensa por serviços públicos e privados. Este título é reconhecido em vários países sendo a sua atribuição uma honra conferida geralmente pelo monarca ou Soberano Grão-Mestre. Tanto homens como mulheres, foram ao longo dos tempos e em reconhecimento de notável mérito pessoal, condecorados com o título de cavaleiro. O título Sir usado como prefixo ao nome é usado após as iniciais da ordem de cavalaria.
Armamento usualmente utilizado pelo cavaleiro
Espada Montante ou também Espada Bastarda: Era uma espada de grande dimensão, utilizada para combater a cavalo. Devia ter a força necessária para derrubar o adversário e no entanto dar ao seu utilizador a mobilidade necessária para o combate corpo a corpo.
Móca: Era uma peça de ferro pesada com picos aguçados na ponta destinada a bater e quebrar o crânio do adversário a que os espanhóis dão o curioso nome de Lucero del alba (arma) (Luzeiro da alvorada). Em inglês, "Morning Star", significando "Estrela da manhã", se referindo ao seu formato semelhante às representações do Sol.
Besta: Poderosa arma de disparar flechas que mesmo com o cavalo a galope tinham um efeito devastador no adversário. O Papa Inocêncio II, chegou mesmo proibi-lo por ser demasiado "maligno".
Alabarda: É uma arma composta por uma longa haste rematada por uma peça pontiaguda, de ferro, que por sua vez é atravessada por uma lâmina em forma de meia-lua (similar à de um machado). É considerada a arma de infantaria mais eficaz contra invasores em fortificações e castelos.
Armadura: É uma vestimenta utilizada para protecção pessoal, originalmente de metal, usada por soldados, guerreiros e cavaleiros como uma forma de protecção às armas brancas durante uma batalha.
Reis cavaleiros
Ao longo dos séculos XI, XII, XIII e XIV, no período heróico da cavalaria, um dos factores mais importantes para a cavalaria foi o surgir dos reis cavaleiros. Estes reis que abraçaram os ideais da cavalaria, tanto os ideais militares como os ideias míticos do Cavaleiro andante, vieram trazer novos valores com a elevação da honra, da religiosidade cristã, da coragem e da justiça.
Nesta fase da história do homem cavaleiro nasce o cavaleiro mítico que seria lembrado como um figura mítica e idealizada, conduzindo inevitavelmente estados medievais. A sua imagem foi usada para instigar o moral e motivação para os gentios, que por vias disso se mantinham fiéis aos princípios do Cristianismo.
History of Chivalry
For the Greeks and Romans, to be a knight meant social prestige and economic.
In ancient Greece, hippeis, literally "horse", was the second highest among the four classes of Athens and was composed of men who could buy and maintain a war horse in the service of the polis. The hippeis is comparable to the equestrian Romans and medieval knights.
The Roman cavalry was a body of the Roman army, composed of the equites, recruited from the times of Romulus among the Roman citizens. Later socii Latinos were included, and finally also the provincial (auxiliary).
Among the nomadic tribes of Central Asia, the horse was not only the means of transport that allowed the displacement of people from the plains of Mongolia to the borders of Central Europe - as in the case of the Huns and the armies of Genghis Khan. The animal also appeared in religious and magical rituals, ultimately, could serve as food. Upon the death of the rider, his horse would even be buried with him, which was common among some tribes Hittites.
In the Middle Ages, chivalry was an institution, endowed with a code of conduct and honor its own regulating not only the art of war, but also social conduct. In war, the use of the horse to pull the cars of attack was abandoned, and the animal came to be used only as a mount. Given the need to protect the knight's armor was invented, it evolved in its various styles, giving rise to heavy cavalry, one of the most powerful weapons of the medieval wars.
Etymology
The word chivalry and knight derive the low Latin "caballus, which originally meant" gelding "or" work horse ", as opposed to the classic Latin term Equus - applies to horses of good breed, used in war by the Equites, the equestrian order Roman, corresponding to Hippeis of Ancient Greece.
Knights in the steps of history
Savarano Knight: The main military force of the army of the Sassanid Empire.
Knight of the Roman Empire: Named for Equites, gave shape to the Roman Equestrian Order (ordo equester) formed on the lower of the two aristocratic classes of ancient Rome, being below the Senatorial Order (ordo senatorius).
Covered or Caballero Knight: It originated in the nobility of Spain.
Knight of any Order: With origins in religious orders, military orders like the Templars, among others.
Person who behaves noble: it is a "gentleman"
Knight, vulgar expression of books of chivalry, to be filled with nostalgia and dreams of those who sought continually and Don Quijote de la Mancha, is a typical example.
Knight Square: Bullfighter.
Knight is also one of the chess pieces that today is usually represented by a horse, often standing on their hind legs. This is because, in the tradition of the game (which had many variations and modifications to the modern chess. Parts representing warriors and horses instead of the current, often represented the figure of a warrior sitting on a saddle horse.
The Knights and Feudalism
Representing one of the biggest events of European history: The Battle of Grunwald / Tannenberg (Poland).
The feudal knights were warriors on horseback moving to their own advantage or to the service of the king or another feudal lord, did so with the aim of defending the territory and paid land (tenure) received from the king or other feudal lord. They could also receive a stipend if they were not paid on land as were the cases of mercenary troops.
The feudal knight was almost always originates from the nobility, who, having served the king or other great feudal lord as a page or squire were later during an important ceremony of investiture elevated to the rank of knight.
During this ceremony the candidate paid knight oath pledging to always be courageous, loyal, courteous, and protect the defenseless.
In the late fifteenth century the title of Knight was awarded to civilians as a tribute or reward for public and private services. This title is recognized in several countries and the award an honor usually bestowed by the monarch or Sovereign Grand Master. Both men and women have been throughout the ages and in recognition of outstanding personal merit, decorated with a knighthood. The title Sir used as a prefix to the name is used after the initial order of chivalry.
Weapons usually used by the rider
Amount or even Sword Bastard Sword: It was a large sword, used to fight on horseback. Should have the strength to topple the opponent yet to give its users the mobility necessary for combat.
Girl: He was a heavy piece of iron with sharp peaks at the tip designed to hit and break the opponent's skull to which the Spaniards give the curious name of Lucero del Alba (weapon) (Luzeiro dawn). In English, "Morning Star", meaning "morning star", referring to its shape similar to the representations of the Sun
Beast: Powerful weapon to shoot arrows that even with the galloping horse had a devastating effect on the opponent. Pope Innocent II, has even banned it for being too "evil".
Alabarda: a gun is composed of a long rod surmounted by a pointed piece of iron, which is in turn traversed by a blade-shaped crescent (similar to an ax). It is considered the most effective infantry weapon against intruders on fortifications and castles.
Armor: It is a garment used for personal protection, originally metal, used by soldiers, warriors and knights as a form of protection for weapons during a battle.
Kings Knights
Over the centuries XI, XII, XIII and XIV, in the heroic period of chivalry, one of the most important factors for the cavalry was the emergence of kings knights. These kings who embraced the ideals of chivalry, both military ideals like the mythical ideas of the Knight-errant, have brought new values with the increase in honor of Christian devotion, courage and justice.
At this stage of human history born knight rider would be remembered as mythical a mythical figure and idealized, inevitably leading medieval states. His image was used to instill moral and motivation to the Gentiles, which means that remained faithful to the principles of Christianity.